quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Hoje eu quero escrever pra duas pessoas:

Pessoa 1 - Tava adorando te conhecer, gostando mesmo das vezes que te vi. Da tua atitude, do teu jeito de me beijar, de me olhar. De dizer que eu tava bonita, ou que meu cabelo ficava melhor solto. Gostava até mesmo do jeito que tu arrancava o elástico do meu cabelo e guardava pra que eu não voltasse a prender. Pequenos detalhes. Ah, aquele show foi muito bom do teu lado! Sai de lá convencida que queria te ver mais um monte de vezes, com uma pontinha de esperança de ter encontrado alguém bacana pra viver algo legal, mas nem você mesmo sabe o que quer. Como eu poderia passar do acho pra o convencida, sem nem mesmo você estava certa do que queria. Sério, quando eu pensei em ir, você recuou. Obrigada, mundo, destino, ou qualquer uma dessas coisas que definem o momento bacana de alguém entrar e sair da sua vida. Acontece que você só passou...



Pessoa 2 - Tu chegou de um jeito bem inesperado. A gente nem se conhecia e já tinha uma amiga querendo nos juntar. A gente nem se conhecia, mas as pessoas que nos cercavam, sim. E bom ou ruim, até agora eu não sei, mas elas se conheciam, se beijavam e se abraçavam, e mentiam pra nós. Ainda bem que o mundo é pequeno, ainda bem que ele fez alguma coisa por mim, por você, nos deu a chance de nos beijar, nos abraçar e de mentir pra nós mesmas. De mentir sim, de achar que aquilo era uma vingança, quando na verdade era pele e toque nosso, e elas nada tinham a ver com isso. Mas sem problema, se tratando de vingança ou vontade, a gente se encaixou muito bem, muuuito bem. Arrepio no toque, mãos presas, língua quente, corpo nu, nenhum pudor, nenhuma fronteira entre nossas peles. Uma noite e bastou. Bastou pra que a gente corresse pra lados opostos, como ímãs que de tão energizados se opõem, se repelem, no nosso caso, por não querer apego, coincidentemente, bem no momento que eu conheci a pessoa 1 (ou nem tão coincidência assim, será?). E aí, a gente não consegue, e volta a se falar todos os dias, sobre várias coisas, a gente brinca e falar a verdade o tempo todo. Você me diz que minha decisão te assusta, e eu te escondo que na tua mão, na tua cama, eu pareci um brinquedo. Não sei que medo é esse que faz nossos corpos ficarem distantes, mas espero que acabe logo. Não quero você pra mim, tenho medo... Mas quero você mais um momento, e mais um, e talvez mais outro... Momentaneamente te ter e ser tua, e não me importar com mais nada do que vem depois.


It's in the palm of your hand now baby
It's a yes or no, no maybe
So just be sure before you give it all to me